O Parque Natural da Serra da Estrela, é um acidente orográfico que em conjunto com as serras do Açor e da Lousã forma o extremo ocidental da Cordilheira Central. Aqui, encontra-se o ponto mais alto de Portugal continental e parte importante de três bacias hidrográficas (Douro, Tejo e Mondego). O Parque Natural apresenta um variado mosaico de habitats, conjugando elementos representativos de diversas regiões biogeográficas. É, como expectável, a área mais emblemática de Portugal continental para valores naturais associados à altitude, muito deles com caráter exclusivo (in ICNF).

Inclui o Sítio da Rede Natura 2000 Serra da Estrela.

Concelhos Envolvidos

Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia.

Alguns Exemplos de Flora

A flora da Serra da Estrela é diferenciada por andares, equiparados à zonação altitudinal. Nesses três andares a vegetação é diferente, sendo até aos 800-900m de um tipo, dos 800 aos 1600m de outro e ainda outro tipo acima dos 1600m. No andar basal há um aproveitamento cultural intenso pelas populações, sendo a vegetação natural quase inexistente. Existem azinhais e comunidades de azereiro. No andar intermédio encontra-se o carvalho-negral e as giestas. No andar superior o domínio é dos zimbrais, cervunais, arrelvados, comunidades rupícolas e lacustres.

Alguns exemplos de Fauna

A fauna também é aqui dividida por meios, ou seja, no meio rural, florestal, arbustivo, subalpino e cursos de água. Começando pelo mais baixo, a águia-de-asa-redonda, ou búteo, e a raposa são exemplos. Depois pode encontrar-se a coruja-do-mato ou o estorninho. A águia-cobreira e o javali são mais difíceis de encontrar. No meio dos arbustos podem encontrar-se as toutinegras, o pisco-de-peito-ruivo, o texugo ou a sardanisca-argelina. Acima dos 1600m podem encontrar-se a lagartixa-da-montanha, a gralha-de-bico-vermelho ou o bufo-real. Nos cursos de água a toupeira-de-água, a salamandra-lusitânica ou a rã-ibérica.

Texto por CU3AA