A atribuição de vários estatutos de classificação aos pauis do Baixo Mondego e, em particular, à Reserva Natural do Paul de Arzila deve-se, especialmente, à sua importância ornitológica, sendo: zona de passagem outonal para aves migradoras transarianas; área de alimentação e repouso para várias espécies, abrigo de espécies nidificantes estritamente paludícolas e local de invernada de espécies paleárticas. A Reserva abrange uma área de 535 ha compreendendo duas áreas distintas: o núcleo central, com 165 ha, delimitado pela curva de nível dos 10 metros, correspondente à planície aluvial, onde se situa o extenso caniçal e a restante área com ocupação agrícola; e a zona de proteção, com 370 ha, que se estende ao longo das encostas que ladeiam o vale, de ocupação maioritariamente florestal, verificando-se a ocupação agrícola nos terrenos que circundam os espaços urbanos (in ICNF).

A Reserva Natural do Paúl de Arzila inclui o Sítio RAMSAR e o Sítio e ZPE da Rede Natura 2000 com o mesmo nome.

Concelhos Envolvidos

Coimbra, Montemor-o-Velho e Condeixa-a-Nova

Alguns Exemplos de Flora

Existem mais de 300 plantas. Destacam-se a aveleira, o carvalho-alvarinho, o feto-real ou o raro selo-de-salomão. Existe também o medronheiro, o sabugueiro ou o loureiro. Nas zonas paludosas destacam-se o caniço, o bunho ou o tabuas.

Alguns exemplos de Fauna

Ao nível de peixes podem destacar-se dois endemismos ibéricos, o barbo e a boga. O tritão-de-ventre-laranja ou o sapinho-de-verrugas-verdes são anfíbios endémicos ibéricos. Continuando nos endémicos ibéricos destaca-se o lagarto-de-água em relação aos répteis. Há 126 espécies de aves registadas, 1 delas em perigo e 8 em estado vulnerável. Podem encontrar-se a águia-pesqueira, a águia-calçada ou o milhafre-preto. Finalmente em relação aos mamíferos uma referência ao musaranho-de-dentes-vermelhos e ao rato-das-hortas.

Texto por CU3AA