O sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António foi a primeira Reserva Natural criada no continente português. O interesse biológico da zona nos seus múltiplos aspetos ecológico, botânico, ornitológico e ictiológico, o valor arqueológico do aglomerado de Castro Marim, assim como a alta sensibilidade da área e a sua capacidade influenciadora de fatores económicos regionais, designadamente da pesca, da salinicultura e do turismo, foram as razões invocadas para a sua criação. A Reserva Natural confunde-se com o sapal que se estende ao longo do Guadiana, entre Castro Marim e Vila Real de Santo António, área plana de cotas baixas, sulcada por uma rede de esteiros que asseguram a drenagem e se abrem à água salgada. O verde monótono dominante alinda-se na primavera com o vermelho com que o Mesembryanthemum nodiflorum cobre os taludes das salinas. As zonas mais elevadas possuem manchas de maquis mediterrânico (in ICNF).

A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Stº António inclui o Sítio RAMSAR e a ZPE da Rede Natura 2000 com o mesmo nome bem como parte do Sítio da Rede Natura 2000 Ria Formosa/Castro Marim.

Concelhos Envolvidos

Castro Marim e Vila Real de Stº António

Alguns Exemplos de Flora

Há cerca de 462 espécies de plantas nesta reserva, destacando-se as espécies Picris algarbiensis (endemismo lusitânico), Limonium diffusum e Beta macrocarpa (os três em estado considerado vulnerável). Ao nível dos matos salienta-se a palmeira-anã e a roselha-pequena.

Alguns exemplos de Fauna

As aves são o forte desta reserva destacando-se o pernilongo, o colhereiro, o flamingo e a cegonha-branca. Há também alfaiates, perdizes-do-mar e alcavarões. Ao nível de mamíferos destaca-se o morcego-anão e o morcego-de-Kuhl, pela sua quantidade. Ao nível de peixes destaca-se a dourada, o robalo e o sargo, estes marinhos ou estuarinos, e o sável, lampreia-marinha e a savelha são exemplos dulciaquícolas e migradores.

Texto por CU3AA